Uma função comum em sistemas de automação predial é a possibilidade de que estes sejam acessados de forma remota. Isso pode ser feito através de dispositivos móveis, como tablets e smartphones, computadores, ou mesmo centrais de controle e supervisão. As possibilidades dependem de cada projeto, podendo ser a simples visualização dos principais eventos e alarmes até influência total sobre o sistema, realizando o acionamento de equipamentos e alterações na programação.
Quando utilizar o controle remoto
A aplicação mais básica para essa funcionalidade é permitir ao proprietário ou administrador visualizar o comportamento do prédio sem a necessidade de estar presente no local. É geralmente utilizado mais no sentido de visualização de alarmes e possíveis eventos nos equipamentos que estão sendo controlados. Essencialmente a mesma ideia que já é comum aos sistemas de segurança. Esse tipo de aplicação é especialmente útil em edifícios que possuam espaços que permanecem em funcionamento independentemente da presença de pessoas no local. É o caso dos data centers e estoques com requisitos especiais de armazenamento. Em ambos a operação ocorre 24 horas por dia, todos os dias, e devem ser mantidas certas condições ambientais mínimas, além de monitorar outras variáveis importantes, como qualidade da energia elétrica. O monitoramento remoto fornece segurança nos períodos de operação independente uma vez que a ocorrência de qualquer problema será imediatamente informada para os responsáveis.
Também é interessante a possibilidade de controlar remotamente a operação dos sistemas. Alguns lugares optam que a capacidade de ligar e desligar luzes, ar-condicionado e outros equipamentos seja exclusiva de alguns indivíduos devidamente habilitados, que podem ou não estar presentes no local. Essa estratégia evita que ambientes sejam utilizados sem autorização ou que equipamentos sejam ligados sem necessidade. O controle remoto também permite que determinadas atividades sejam realizadas sem a necessidade de deslocamento para o local, como iniciar a operação da irrigação ou então liberar o acesso para uma equipe de manutenção.
É mais comum, porém, que o controle remoto seja feito através de alterações na programação do sistema de automação. Um bom exemplo seria um prédio que utiliza controle horário (rotinas) para acionamento da iluminação, cortinas, etc. Na programação padrão, são considerados os horários e dias normais de uso do espaço. Porém, caso ocorram alterações nesse padrão, como a realização de um evento ou férias coletivas, é possível e fácil ajustar as rotinas para estarem de acordo com a nova situação. A mesma ideia se aplica às cenas ou ao modo de operação dos sistemas. Essas alterações são feitas de forma organizada e com antecedência pela equipe responsável, evitando transtornos para quem utiliza o espaço.
Centralizando o controle e simplificando a operação
Em empreendimentos de maior porte, compostos por várias edificações, o acesso remoto é utilizado para concentrar a operação em uma central de controle. Os prédios podem estar localizados próximos, como em complexos universitários, ou totalmente espalhados geograficamente, como quando a empresa conta com filiais, centros de distribuição, etc. Essa topologia simplifica muito o processo de gerenciamento das construções que, de outra forma, precisariam ter uma pessoa responsável presente em cada um dos locais. Esse controle remoto também pode ser estruturado em camadas, existindo uma operação local responsável pelas demandas do dia a dia e uma administração centralizada para as situações mais complexas e gestão dos estabelecimentos.
Outra vantagem dessa ideia de uma central de controle é na manutenção, quando as unidades estão distribuídas geograficamente. Em grandes prédios ou complexos, geralmente existe uma equipe local responsável pela manutenção. Porém isso é quase sempre inviável em unidades de pequeno porte, como é o caso da maioria das filiais e espaços semelhantes. Nesse tipo de situação, a gestão das manutenções é feita pela central de controle, com o auxílio das informações fornecidas pela automação. Essas informações permitem detectar a existência de algum problema e, inclusive, conforme a precisão dos dados disponíveis, realizar um diagnóstico prévio para identificar as possíveis causas. A partir disso é feito o deslocamento de uma equipe técnica ao local e esta terá as ferramentas e informações necessárias para atuar de forma assertiva.
É importante observar que existe uma forte relação entre as funcionalidades do acesso remoto e a forma de operação e uso da edificação. Caso essa relação não seja levada em consideração, o acesso remoto pode se tornar uma solução pouco útil ou até mesmo um inconveniente. Por isso é fundamental que todo o projeto seja pensado de forma coesa, e levando com atenção as peculiaridades de cada situação. Tendo isso em mente, controlar um prédio remotamente se torna um recurso muito conveniente.
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